12/02/2015

Blacklisted - When People Grow, People Go

Trying to escape the universe as it floods the highway, black ice, frozen light, I see heaven behind me. above me its hovering, I can feel it crumbling. don’t try to find me, don’t be kind to me. walked barefoot on the sun to drink tea and live quietly. our lives are broken, exploding and floating. time, will not be kind. no one survives.

Ao quarto disco, seis anos depois de “No One Deserves To Be Here More Than Me”, os Blacklisted voltaram à base. Esqueçam o hardcore trabalhado dos dois anteriores discos, esqueçam o quase grunge-core, as guitarras tocadas com garrafas de água, o experimentalismo. Para “When People Grow, People Grow”, os Blacklisted voltaram a um registo mais frontal, directo, objectivo, ao nível do que fizeram em início de “carreira”. When People Grow, People Grow” é uma bigorna de frontalidade e honestidade, tocada sem artifícios. Dificilmente podia ser mais impactante.

Os Blacklisted estão de volta e, com isso, Hirsch, volta a debater-se consigo mesmo. Esperar um disco de Blacklisted é entrar na mente perturbada de um Homem, no seu combate pela auto-aceitação. No exteriorizar das assombrações da mente. Frontal, emotivo, visceral. Introspectivo. Uma descarga de sinceridade. Liricamente, “When People Grow, People Go” volta a tocar todo o nervo possível. Volta a estar no ponto. Músicas como “Turn in the Pike”, “Deeper Kind”, “Burnt Palms” ou a que dá nome ao disco estarão entre as melhores, mais relevantes, que a banda já compôs. 11 músicas, pouco mais de vinte minutos. Um disco cujo fim surge demasiado rápido mas que fica longe de se esgotar com ele.

When People Grow, People Go” é simples. Não vem no seguimento do que a banda vinha fazendo. Ao seu estilo. Afinal, os Blacklisted nunca foram uma banda linear, como, aliás, não são algumas das músicas do novo álbum. Não atendem a uma estrutura, são quase… assimétricas. “When People Grow, People Go” é curto e directo. Vulnerável. Niilista, fatalista. Explosivo. Demolidor. Negro como poucos sabem fazer. É pessoal. É o melhor exemplo daquilo que é uma banda que faz música para se exprimir e não para apenas passear.