“Pirate’s Heart” estava gravado, na gaveta portanto, desde Janeiro de 2009. Ou melhor, o álbum tivera as suas sessões de gravação já nos idos meses de Dezembro 2008 \ Janeiro 2009 e voou até Nova Iorque, até Alan Douches, a fim de ser masterizado no West West Side Studios. Reza a lenda que terá sido intenção ser lançado nos meses que se seguiam mas, como podemos desde logo antever, contratempos se intrometeram e somente agora, juntamente com o terminus da banda, “Pirate’s Heart” chega até nós.
“Pirate’s Heart” é, então, uma boa mostra do que de melhor se faz por Portugal em termos mais melódicos. Dentro do hardcore, claro. Músicas que remetem para Modern Life is War, para Dead Hearts, para Comeback Kid... Liricamente interessante e, relativamente complexo – isto é, sem uma composição clássica de texto musical – “Pirate’s Heart” segue um pouco o conceito perceptível pelo título: vivências. Pessoais e colectivas. Desilusões, política, arrependimentos, confiança, esperança. É por aqui que “Pirate’s Heart” navega. O álbum conta ainda com a participação de Poli (Devil in Me) e de Mike Ghost (Man Eater) nas músicas “Fireball In a Single Second” e “Pirate’s Heart” respectivamente, sendo que, esta última, marca mesmo o ponto alto do álbum, metaforizando a vida com histórias de pirata. Musicalmente, a faixa mais interessante do álbum, que culmina com sons de gaivotas e mar. Afinal, estamos no Algarve.
“Pirate’s Heart” chega então até nós, finalmente, sem chegar a ver a luz do dia de forma conveniente e como merecia – isto é, sem uma edição física e sem um conjunto de release shows -, mas chega. Gravado no Blacksheep Studios por Makoto Yagiu (If Lucy Fell) “Pirate’s Heart” marca o fim de mais uma banda em Portugal.
Da nossa parte resta-nos desejar a maior sorte futura aos membros.
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