20/04/2007

Review a PF + ZM + FTG @ Faro 15/04/07

Tentando aplicar o velho brocardo “se a montanha não vai a Maomé, vai Maomé à montanha” pensei que se os miúdos não vão aos shows, estava na altura de levar os shows até aos miúdos! Assim e como referi aqui num post anterior fui entregar uns flyers de um concerto em Faro para junto da minha antiga secundária! Os resultados? Em vez dos habituais dois gajos de sempre nos concertos a representar São Brás tivemos 5 pessoas! Pode não parecer muito para alguns, mas o certo é que as maiores caminhadas começam-se com apenas um passo!

Mas continuando, no seguimento disso pedi a algum desse pessoal que foi comigo que me escrevesse algo para publicar aqui no blog sobre a experiência! O Diogo foi o primeiro a responder ao meu desafio e aqui está a sua experiência, sem rodeios nem tretas, apenas a sua visão sincera de quem não precisa de agradar ninguém da “cena” ;)

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Matiné Hardcore

Com Pointing Finger, Zero Mentality e For The Glory

Domingo, 15 de Abril as 16h, Associação de Músicos em Faro.


Antes de mais convêm apresentar-me: chamo-me Diogo, tenho 17 anos e sou de São
Brás (terra do meu mano xCUNHAx).

O meu primeiro concerto de Hardcore…Sendo que o Hip-Hop é algo onde eu me movimento melhor, decidi aceitar um convite do meu amigo xCUNHAx. Juntámos mais algum pessoal de cá, São Brás de Alportel e fomos até Faro à Associação de Músicos.
Chegámos em cima da hora marcada mas visto que houve uns contra-tempos o concerto começou mais tarde.

Sensivelmente perto das 17h entrámos e quase de imediato Pointing Finger subiam ao palco para dar, ao que parece, o seu último concerto. Pessoalmente Pointing Finger, foi uma banda que me cativou a atenção, fiquei surpreendido com a mensagem que trouxeram. Apesar de não entender as letras nem perceber o que cantavam, senti bastante a sua música e fiquei atraído pelas palavras que o vocalista expôs ao público nas transições entre as músicas. Enquanto durou o concerto esteve sempre envolvido num cenário de completa “loucura”, referindo esta palavra no seu lado positivo. Durante esta primeira actuação não escondo o meu receio quanto ao “mosh” pois como era a primeira vez que fui a um concerto de HxC senti-me até com um certo medo de me envolver, apesar de mais tarde eu esquecer esse receio.


Depois da actuação, aliás, da excelente actuação de Pointing Finger e de uma breve pausa, entraram em cena os Zero Mentality que, pessoalmente, não me atraíram muito. Sinceramente não captei bem a mensagem do grupo e de certa forma ignorei a atitude deles por me parecer um pouco rude, não que o fosse.
No entanto, vi que o pessoal mais experiente sentiu a música e vibrou comesta actuação. De longe eu via o “mosh” em que o ganda maluco do xCUNHAx participou com o Gil e o Oliver (pessoal da nossa zona)


Depois de um intervalo de 15 minutos aproximadamente, entrou em palco, o que para mim foi o melhor grupo presente, falo claro dos For The Glory. A sua mensagem positiva, tanto quanto os Pointing Finger captou a minha atenção logo desde o início e fez-me pensar sobre uma questão: Hip-Hop e Hardcore… Dois movimentos diferentes ou semelhantes?
A única resposta que encontrei foi que tanto o Hip-Hop como o Hardcore são movimentos que apelam às liberdades, que excluem as diferenças, além de que
notei bem que há algo de muito positivo nestes dois movimentos, a sua mensagem que abrange diferentes grupos etários, sociais, etc.
Voltando ao concerto dos For The Glory, adocei, senti o som, a sua mensagem era bastante clara, como já evidenciei ainda há pouco, não percebia muito bem o que o vocalista cantava, o nível de som também poderia ser melhor, mas para uma associação que tem vindo a sobreviver com poucos apoios o sistema de som esteve bom, se bem que poderia estar melhor. Depois deste pequeno a atitude dos For The Glory revelou ser bastante positiva e sem duvida fizeram uma actuação de deixar o pessoal com a cabeça na lua. Sem duvida alguma que são uma banda com muito por dizer e muito para dar aos nossos ouvidos.

Quanto ao público que ainda falei pouco, foi um concerto que me surpreendeu pela positiva, porque geralmente o pessoal “de fora” tem uma imagem negativa dos concertos de HardCore. Juro que fui para lá a pensar que ia chegar com a cabeça aberta ou algo do género, nada disso… Ideia completamente absurda e ignorante da minha parte.
Cada público tem uma determinada maneira de sentir o som, dependentemente do tipo de música que se houve e ao contrário do que poderia pensar o público não é violento e mostrou-me que Hardcore é total liberdade.
Em suma, foi um concerto positivo, excelentes grupos (pena o grupo Kontrattack não ter actuado, porque apesar de não os conhecer a nenhum nível as bandas que actuaram deixaram-me uma boa impressão), boa convivência e uma experiência que se possível gostava de voltar a repetir.

Obrigado mano Mário

Kalibre

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Da minha parte não é preciso agradecer! Ehehehe

Já agora, visitem o myspace do Kalibre em



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