05/02/2011
Terror / First Blood / Lion Heart / Backtrack
Ora bem, enquanto tenho os acontecimentos ainda relativamente frescos na memória, deixo-vos com um gostinho do que se passou no Revólver em Cacilhas a noite passada. Quem foi, sabe bem do que estou a falar, quem não foi, não deve estar mesmo a ver o que perdeu.
Assim que eu e os meus saímos do Cacilheiro, já se reuniam algumas pessoas à porta, algumas jantavam na zona e aos poucos, chegava sempre cada vez mais gente.
Um bocado depois da hora marcada, começou toda a gente a entrar entupindo a entrada e assim que consegui atravessar a multidão, deparei-me com as bancas de merch no andar de cima - para haver mais espaço de modo a acomodar toda a gente no andar debaixo - e gente dentro do Revólver como nunca tinha visto. Nem no Revólver, nem no Man's Ruin, nem no Culto. As pessoas agregavam-se em volta do palco tomadas pela expectativa do que os concertos iriam trazer, algumas pessoas acomodavam-se mais atrás, outras enchiam o andar de cima, a escadaria e os cantos dos palcos. Diria que estava um ambiente perfeito para receber as bandas que ontem tocaram (e bem!).
A primeira banda a dar início às hostilidades foram os Bactrack, provenientes de Nova Iorque, transpirando energia e juventude. Estes rapazes deram um bom concerto e eu própria não conhecendo bem o colectivo de Long Island, dei por mim a pensar "se estou a gostar tanto disto agora, imagino se os conhecesse bem". Infelizmente, não houve muita gente a aderir, talvez por não conhecerem bem, talvez porque os rapazes já estariam um tanto quanto gastos da tour. Ainda assim, foi um bom concerto.
De seguida, vieram os Lion Heart da Califórnia, mas não presenciei a sua performance por completo, pois estive por instantes lá fora na conversa com uns amigos, dado que esta não era uma banda que eu fazia inteiramente questão de ver. Das poucas músicas a que assisti, pude assistir ao poder da banda. Pareceu-me ser uma boa prestação no geral que já conseguia trazer um pouco mais de caos, até o chão já estava na fase de ringue de patinagem artística proporcionando um rol de quedas, mas nada comparado com o que estava para vir.
No fim de Lion Heart aproveitei a pausa para ir comer algo muito rapidamente e por isso mesmo não consegui ver First Blood desde o início. Mas, do pouco que vi,apreciei bastante. O poder e a raiva que a banda emanava, deixava os maiores fãs da mesma completamente loucos, e o público cada vez mais expectante começava a fazer parte da festa em vez de serem meros espectadores. Por momentos, pensei que o mundo ia desabar quando foi proferido o verso "Next Time I See you, You're Fucking Dead". Foi sem dúvida uma prestação pesada.
"And last but not least" foi a vez dos Terror. Sem grandes cerimónias deram início a um espectáculo fenomenal. Trouxeram de Los Angeles no bolso várias canções do novo álbum "Keepers of the Faith", como "Stick Tight", "Your Enemies Are Mine" e "Returned to Strenght". Também passaram por músicas mais antigas como "One With the Underdogs", "Always the Hardway", e até mesmo músicas da sua demo. O frontman Scott Vogel estava imparável, sempre a comunicar com o público, pedia stagedives atrás de stagedives, circle pits atrás de circle pits e o público acedia. Pessoas voaram, caíram, saltaram, pairaram, sangraram, deram cambalhotas, apoderaram-se do microfone e inclusive balançaram nos candeeiros. Foi o fim do mundo por completo. Vimos vários amigos de Terror cantar, num"pass da mic" nunca visto, onde até o baterista Nick Jett veio dar-nos a graça de ouvir a sua voz. Vieram, viram e venceram.
Esta noite foi certamente memorável, em que os Terror afirmam que são momentos assim que os fazem sempre voltar, quando estão fartos do que fazem. E apesar da sua idade, continuam sempre a fazê-lo bem e arrisco até dizer, continuam a fazê-lo cada vez melhor.
A minha previsão para este concerto foi "heads will roll" e cabeças certamente rolaram.
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