11/01/2015

Blowfuse + Selfish + Flaming Joseph @ Sabotage Club


Escrever uma review sobre um concerto que antes de acontecer já tinha dado tanto que falar é algo novo para mim. Um texto barato, baixo e que demonstra uma desinformação agonizante deixou-me perplexo, visto ter sido feito por uma revista com tantos assinantes e 'seguidores' assíduos. No entanto, quem anda atento às mais recentes 'sugestões' e textos dessa mesma revista talvez não fique assim tão surpreendido. O assustador no meio disto tudo é que certos acéfalos que têm tempo de antena limitado a 50 palavras consigam dizer tantas barbaridades que fazem com que uma banda seja impedida de actuar - refiro-me aos Major Javardolas, que o Sabotage Club impediu de tocar.

Sigamos em frente:
Primeira vez que fui ao Sabotage Club. Gostei do espaço, tem capacidade para cerca de 130/140 pessoas, o ideal para um concerto como o de 5ª feira, organizado pela Infected Records. A localização não podia ser melhor: Cais do Sodré. Metro, comboios e autocarros, tudo lá vai dar.. Falta é vontade do público, arriscando-me a dizer que não estavam mais de 60 pessoas na sala. Apesar de ser um concerto durante a semana, os Blowfuse - pelos concertos que já tinham dado e pela velocidade com que estão a crescer na Europa - mereciam mais gente para os ver.

Por volta das 22h30 - 30 minutos depois do agendado - a 1ª banda subiu ao palco.

Flaming Joseph: Primeira vez que os vi. Banda extremamente bem disposta, em constante contacto com o público e com um som que entra bem no ouvido. Tinham 2 músicas de ska que pôs umas quantas pessoas na sala a dançar, ainda que tenha fugido ao que tinham tocado até ali.
Antes de acabarem fizeram uma - não muito comum - apresentação dos membros, algo que, no meu ponto de vista, era dispensável.
Não conhecia o som da banda mas sei que quando acabaram o concerto tinha um sorriso na cara devido à mencionada boa disposição dos 3 membros.


Selfish: Estava com alguma expectativa para os ver. Set curto e que peca por ter partes demasiado longas sem voz. A sonoridade de algumas malhas é um bocado colada a Basement (o que é bom!) - principalmente uma mais calma que tocaram a meio do set -  e o Flávio surpreendeu-me com uma voz 5* (melhor que na demo - thumbs up, right?). Já numa das últimas faixas, o Flávio pediu um circle pit e o pedido foi aceite prontamente, provando assim que o pessoal só estava à espera de um incentivo.
Assim, os Selfish parece-me que vieram ocupar um espaço que há já algum tempo estava por ocupar na cena nacional.



Blowfuse: Cabeças de cartaz, vindos de 2 meses de tour e com mais 1 semana pela frente, os espanhóis da bela cidade de Barcelona vieram com uma energia que ia jurar que não tinham feito nem 1 quilómetro. Quem anteriormente já os tinha visto, sabe que nos brindam sempre com energia, mas desta vez acho também eles foram surpreendidos pela energia com que o público os recebeu. 20 miúdos na linha da frente, a saltar, com as letras sabidas e sem grande necessidade dos incentivos do Óscar, passaram essa energia para o Sabotage Club. Um set com sons do novo trabalho da banda ("Crouch") e umas quantas do "Into the Spiral" , todas elas com aquele cunho do Punk Rock dos anos 90, fizeram com que o meu programa para 5ªfeira à noite tivesse valido a pena. A fechar, os espanhóis tocaram uma cover de Pennywise.
Uma das melhores bandas, senão a melhor, de Punk Rock da Europa? Check!

tl:dr - Não comprem revistas da tanga. Noite bem passada e concertos com intensidade.

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