15/12/2009

Not Without Fighting - Believe

Francamente, as reviews a albúns não são o meu forte, mas como este albúm estava mesmo a pedi-las, cá vai:


Depois de já terem lançado uma demo com 4 musicas (que ganhou o prémio de melhor capa e melhor demo do Seixal), outra demo com 2 musicas com a Ita a fazer dueto o Domy na voz,


os Not Without Fighting , rapaziada da Margem Sul do Tejo, apresentam-nos um novo trabalho, entitulado de "Believe".
Sem fugirem ao que era esperado e sem desiludir quem tinha as expectativas em alta, com riffs pesados, aliados a muita velocidade e guitarradas bem salientes, sobressaindo isso logo na 1ª música, One Choice One Price que , após uma breve introdução, nos dá um riff de guitarra mesmo a incentivar ao demónio que vai em ti.
A única parte que peca, na minha opinião, é o tamanho das músicas, mas que, nem por isso, faz com que o albúm se torne aborrecido. Sem dúvida, o melhor trabalho da banda.
A nível de qualidade, a masterização está muito boa, tendo em conta que foi DIY, e, agora que vem aí o Natal, esta é uma boa escolha, visto que além do que já disse, a demo apenas custa 7€ e contém 7 músicas, uma delas que conta com a presença de Fuck (Grankapo):
1- One Choice, One Price
2- In this World ft Fuck (Grankapo)
3- Die Hard
4- Liar
5- Execution of Mind
6- Breakdown
7- One Day

Myspace

30/11/2009

Montijo, 29 de Novembro de 2009


Data já de quatro anos desde que o Montijo foi posto na rota do panorama hardcore nacional, principalmente pela mão da Young Heart Bookings. Concertos esses que sempre foram marcados pelo profissionalismo e dedicação que só algo que é feito com o coração, sem qualquer tipo de apoio ou interesse económico, consegue ser. Durante estes quatros anos, mais precisamente desde Novembro de 2005, realizaram-se 18 concertos nesta cidade a sul do Tejo, onde diria ter tido, esta actividade, o seu ponto alto com a realização do último concerto dos Day of the Dead. É então, no dia 29 de Novembro de 2009, que se realiza aquele que, segundo o organizador, pode muito bem ser o último concerto do Montijo. Para além desta situação pouco agradável, culmina também com o último show da banda Broken Distance fora da sua terra Natal.

Com algum atraso no seu inicio, cujas portas estavam jocosamente apontadas para as 15.56h o 19º show hardcore do Montijo viu o último show da tour europeia dos Broken Distance e, como já referi, ultimo acima do Algarve e viu nascer uma nova banda, os Swallows.

Foram exactamente os Swallows que abriram esta matine num domingo bem indicado para se estar dentro de uma sala a divertir, esquecendo-nos dos copiosos aguaceiros que teimavam em cair. Sem que se conheça muito da banda, os Swallows pareceram navegar numa onda próxima de Converge e, como diria alguém mais informado, uns Converge menos confusos. Contudo, o som não ajudou a banda, pelo que não se percebeu muito bem a orientação das guitarras – que se pressupõem dividir-se em tempos caóticos e slow tempos. Foi no entanto a voz que mais se fez estranhar, com algumas colocações a lembrar bandas mais extremas do metal. É, seguramente, uma banda que se irá ter de ouvir melhor numa outra situação a fim de aferir a real orientação musical da mesma.

Seguiram-se os No Good Reason e, atrevo-me a dizer, o melhor show que já vi da banda. Diria que finalmente, hoje, a banda almadense viu ser um pouco reconhecido o seu trabalho de alguns anos já. Com uma óptima entrega dos seus elementos que a constituem, algo que, nunca deixou de acontecer em alturas anteriores, mas essencialmente a entrega do publico foi muito mais motivadora que noutras ocasiões. É de realçar o set que a banda preparou – peca talvez pela não inclusão da música Tonight – onde se lembrou que os Black Flag são uma das melhores bandas de sempre. As músicas novas abrem o apetite para o futuro de uma das bandas mais personalizadas da cena hardcore actual.

A terceira banda da noite foram os Critical Point. Os Critical Point são uma banda recente também do Algarve e trazem de novo o som do Youth Crew clássico dos anos 80 de Nova York. Set musical curto derivado do seu recente inicio de actividade mas que é, positivamente, intercalado com discursos interessantes por parte do vocalista Rafael Madeira. Creio que, infelizmente, esses mesmos discursos não tenham sido, a determinadas alturas, bem compreendidos pelos elementos da plateia. Notava-se, contudo, o cansaço que uma tour europeia pode ter sobre os elementos de uma banda, pelo que o concerto dos algarvios poderá não ter sido tudo aquilo que a banda pode oferecer. É de referir, apesar de tudo, a entrega de uma banda que ofereceu ainda Crippled Youth.

Sem que a diferença fosse grande - os elementos eram os mesmos e só alteravam entre si alguns instrumentos - iniciaram de seguida os Broken Distance. Já aqui se disse que a banda ia dar o seu último concerto fora do Algarve naquele que era também o ultimo concerto da tour europeia da banda. Foi provavelmente o concerto da tarde. Penso não haver um ponto negativo neste concerto. As músicas que fazem a diferença, boa presença, bom discurso do David, boa cover (Cro-Mags) e, mais uma vez, óptima entrega do publico com frequentes sing-a-longs, stage dives – ou pelo menos aquilo que o baixo palco da sala permitia – invasões de palco. Uma festa bastante digna de uma banda que está em vias de cessar funções. Como representante da cena hardcore nacional, um obrigado aos Broken Distance.

Para finalizar em beleza seguiram-se os Reality Slap. Com merch novo e um disco acabado de sair a banda viu-se a braços com um concerto que se iniciou algo tímido por parte da assistência. Poder-se-ia dizer que, se calhar, não tinham o seu publico já que era talvez a banda que mais destoava do restante cartaz – fora Swallows, claro. No entanto, não foi algo que se tivesse verificado. Nas fantásticas 1000 Faces, Breaking Out ou Step Back poucos foram aqueles que não se mexeram, que não dançaram, que não gritaram. Basicamente, poucos os que não fizeram a festa. Certamente não terá sido o melhor concerto - em termos globais - da banda, mas foi, certamente, um óptimo concerto.

Palavra final para o ambiente, que foi um dos melhores a que já assisti num show de hardcore. Há muito tempo não sentia que se estava ali realmente pelo movimento, pelas bandas, pela música, pela mensagem. E isto percebe-se pela entrega das pessoas e pelo ar de satisfação de todos os intervenientes do show. É notório que no Montijo existe algo especial, que não pode – nem deve – morrer.

27/11/2009

Hatebreed 2009


Depois de "Supremacy" e do álbum de cover's "For The Lions" a banda liderada pelo carismático Jamey Jasta volta em grande com o seu mais recente álbum ao qual a banda decidiu dar o seu próprio nome. É um CD composto por 15 músicas que conta com o regresso de Wayne Lozinak para uma das guitarras, ele que já tinha feito parte da banda no inicio da sua caminhada. Hatebreed tornou-se uma banda de top, por isso a exigência é cada vez maior a cada trabalho, a cada concerto, e a verdade é que a banda não faz por menos e faz-nos o favor de arrasar a cada música que cria. Também é verdade que fazendo parte das minhas bandas de eleição posso ser suspeito para falar sobre eles, mas penso que dentro do Hardcore todos nós gostamos seja desta ou daquela malha de Hatebreed, certamente ninguém ficará indiferente.

"Hatebreed" abre logo com duas faixas devastadoras, "Become The Fuse" e "Not My Master" prometem agitar muitas cabeças, prometem fazer mexer muitas salas por este mundo fora, e á imagem geral do álbum, são músicas de um hardcore pesado, um groove solto e caracteristico da banda, uma excelente voz que grita a cada frase palavras de ordem tão reais e directas que entram logo na cabeça e nos fazem cantarolar o dia inteiro. As músicas são de curta duração, como habitualmente, sendo "Undiminished" a mais longa com 4:19, música que difere um pouco do resto do álbum não só pela própria duração mas instrumentalmente diferente, mais progressiva e estruturada sem qualquer presença de voz, com solos magistrais, ouçam. Acrescentar a curiosidade da última faixa ser uma re-edição da cover de Metallica "Escape" que também já tinha saído em "For The Lions". Certamente 2009 não terá muitos álbuns com a qualidade que "Hatebreed" apresenta, este que é mais um trabalho de estúdio de Zeuss, um produtor que já trabalha há alguns anos com Hatebreed e eu não me canso de considerar o melhor dentro do movimento Hardcore a produzir álbuns, sobretudo pela qualidade de gravação e mistura, ele que trabalha no seu estúdio em casa. Uma mistura explosiva que resulta, provavelmente, num dos melhores álbuns do ano de 2009.


23/11/2009

Reality Slap + Amigos @ Campo Grande

A tarde prometia. Boas bandas e uma sala que regressava ao panorama de hardcore nacional.

Quando cheguei, estava MUITO mais gente do que eu previa. Segundo o que li, foram mais de 250 as pessoas que se juntaram para ver este concerto, o que é sempre bom. Seguiram-se cumprimentos e dois dedos de conversa com pessoas que não se vêem todos os dias e, com algum atraso, começaram os concertos. Vi também muita gente nova (leia-se pessoas que não vejo nos concertos), o que confirma o poder dos cartazes colados na rua. Boa cena.

Quando entrei, já os Please Die! tinham começado a tocar. Nunca tinha ouvido, confesso, mas o som cativou-me logo. A bateria é rápida e a guitarra ouvia-se bem. Houveram bons discursos, incluindo uma boa homenagem ao pessoal do algarve que continua a ajudar e a lançar bandas com qualidade. Curti bastante e a cover de No Warning fez com que a sala se mexesse muito pela primeira vez. Em suma, quero ver outra vez e comprei o EP "On This Cross". Façam o mesmo.

De seguida, vieram os Overcome. O pessoal da SPOC chegou-se à frente e começou a festa na verdadeira ascenção da palavra. Eu adoro a Overcome, o som diz-me muito e a atitude é inegável e mais uma vez curti bué o show, fiquei com um sorriso na cara e isso é sempre bom. Já agora, a música HC Show com o Ricardo de Omited é brutal! E houve lugar a mais uma cover, desta vez de Madball, foi óptimo!

Quando Overcome terminou, vi que o chão da sala já não estava a resistir às bebidas que de vez em quando caíam. O centro estava completamente escorregadio e os cantos estavam cheios de garrafas. As quedas iam ser inevitáveis.

Confirmou-se isso quando começou For The Glory. Já não é segredo para ninguém, mas nunca é demais dizer que FTG dá os melhores concertos em Portugal. O set foi o habitual, o pessoal curtiu imenso (os milhares de stage dives atestam isso mesmo), e notava-se que havia orgulho da parte deles por voltarem a tocar na sala onde começaram. Espero que daqui a mais 6 anos continuem a tocar esta pujança. Ah! A segunda música nova que tocaram tem um groove do caralho e parece-me muita boa.

Para o fim ficaram os Reality Slap. O pessoal começou a preparar-se para regressar aos anos 80 e celebrar a release do "My Brother Evil" que já tinha sido disponibilizado em formato internético. Notou-se que estava menos gente a curtir que em FTG (mas isso acaba por ser normal), mas o concerto foi muito bom! Aliás, acho que foi o melhor e maior concerto que vi deles. Tocaram grande parte das músicas que têm gravadas e houve ainda tempo para curtir Negative Approach, Cro-Mags, Madball...enfim, grande festa. Para mim, são a banda que tem melhor som em Portugal. E no final, aquele coro foi muito bom hehehe

Foi então uma boa tarde, valeu bem os 7 euros e só é pena que tenham partido uma porta....não se percebe.

03/11/2009

October Massmurder Fest



No dia 17 de Outubro, aconteceu mais um grande evento de hardcore em Portugal, com um cartaz recheado de bandas portuguesas e internacionais: o Massmurder Fest em Cacilhas no Revolver Bar, estando mais de 100 pessoas presentes.

O inicio do espectáculo deu-se por volta das 17 com Never Fail a começar a um bom ritmo. De seguida entraram os Lowblow mostrando a sua garra em palco. Depois entraram os espanhóis Dias Cruciales de Madrid também mostrando o seu hardcore bem como as suas influências de bandas como Arkangel e Kickback.



Após Dias Cruciales foi a vez de entrar o Domy (um dos organizadores do festival) com os Not Without Fighting, sempre a puxar pelo público, a mostrarem a sua garra em palco e a espalhar a mensagem sobre o que é o hardcore, especialmente com a música Die Hard.



Já com o público bastante acordado, foi a vez de Steal Your Crown, a jogar em casa, a rebentar com o Revolver bar com temas do seu MCD bem como outros mais antigos, Ride with Fame, Hearts And Minds, etc. Após a violência de SYC foi altura para pausa de jantar e descanso durante 30/45 minutos, com restaurantes à volta para quem não tivesse trazido a merendinha.



Perto das 22 começou Grankapo com um estilo e qualidade bem elevados e já bem conhecidos na cena, a abrir com Man Killing Man e com bastante público activo com stage divings e crossroom's, sendo uma das melhores actuações da noite como era esperado.



Depois estrearam-se então em palcos nacionais os franceses Providence! Depois um inicio muito cómico (em que pediram ao DJ uma musica do estilo Discoteca e começaram todos a dançar) passaram de seguida para uma entrada agressiva, especialmentea bateria, mostrando assim quem realmente eles são. Com os seus famosos beatdown's, surpreenderam de forma positiva com a sua excelente actuação em palco tal como a adesão do público para quem não os conhecia, acabando com o seu auge: This is Filthy Paris!.



Nesta altura, e ainda que o público estivesse já um bocado cansado, ninguém parou quando entrou For The Glory em palco como era de esperar, em que o Congas salientou que com um palco e espaço daquela dimensão, teria que ser muito agressivo e muitos stage dives. E assim o foi, com o público a dar as suas ultimas por FTG, penso que foi a melhor actuação da noite, em que quase nem deixavam o Congas cantar.



Por último e como já era um bocado tarde, perto das 2 da manhã, actuou a banda de cartaz alemã, Black Friday '29. Esta banda não teve muito público devido à hora em que muitos que vieram de transportes tiveram de se ir embora. Mas isso não os deixou preocupados, entraram com o seu famoso tema The Pursuit of Hapiness, com uma qualidade de som exuberante e um estilo de old school hardcore com 2 step's. Apesar de não ter sido a melhor actuação em relação público-banda, penso que foram os melhores na sua actuação individual.



De parabéns está a Massmurder (Domy, Azare, Jony) por este magnifico espectáculo, pois é difícil organizar estes festivais devido à falta de dinheiro e apoios mas mesmo assim conseguiram fazê-lo e correu tudo como esperado. Os agradecimentos vão para todos os que tiveram presentes, ao Revolver Bar, às bandas que actuaram e aos que apoiaram este Fest, (Santuário do Rock Bar e 4TheKids)

Gostava apenas de salientar que é triste ver pessoal a levar certos tipos de equipamentos para concertos que são sobre “irmandade” e respeito. Deixo aqui apenas a mensagem em como é triste ver isto e para que o pessoal lembre-se que isto não é para aleijar ninguém propositadamente e não levar esses tipos de “equipamentos”.

Fotos dos Concertos disponíveis em A.L. Photography's Albums

Review por NoTe
Vídeos por No Path To Follow

23/10/2009

Stay Hungry - No Beginning, No End


Uma reminiscência do fim dos anos 80, inicio dos anos 90. É um pouco assim que poderíamos, em traços gerais, definir os Stay Hungry. A banda sueca lança este ano “No Beginning, no End” e traz de volta ao hardcore straight edge, não só europeu mas também mundial, algum peso e frontalidade – diria até personalidade – que o mesmo vinha perdendo e no qual se encontrou grande ênfase em álbuns de bandas como Judge ou Youth of Today.

Incluídos naquilo a que se convencionou chamar de Swedish Straight Edge Terrorforce – algo parecido com a FSU de Boston – os Stay Hungry trazem em “No Beginning, no End” um som agressivo, rápido e de onde se antevêem violentas mosh-parts nos concertos. São 9 as músicas e ao longo de pouco mais de 12 minutos o objectivo é simples: libertar o diabo, promover o straight edge e debitar verdades. In your fucking face.

De recordar que a banda estará em Portugal no próximo dia 7 de Novembro, o concerto decorrerá no Revolver Bar em Cacilhas (ex. Culto) e contará com a presença dos portugueses Deadly Mind, Overcome e LifeDeceiver.

“No Beginning, No End” está disponível via Reflections Records e pode ser adquirido em:



11/10/2009

Show of Force EP


Os países baixos europeus têm vindo a ser um dos maiores, se não mesmo o maior, exportador de bandas europeias hardcore com maior reconhecimento. Assim de repente lembrar-me-ia de nomes como No Turning Back, Justice, True Colors ou Rise and Fall.

Seguindo o legado vindo dessa zona da Europa chegam também os Show of Force, banda holandesa sediada em Utrecht. Fundados em 2007, reza a lenda que a banda se iniciou como banda de covers, prestando homenagem às suas bandas preferidas (Icepick, Cro-Mags, Leeway, etc.) Ambicionando algo mais, os Show of Force começaram a trabalhar nos seus próprios temas. A banda esteve então recentemente em estúdio para gravar o seu EP de estreia. Gravado no Independent Recordings, saiu sob a chancela da Real Recognizes Real Records.

O som de Show of Force remete-nos automaticamente para o fim dos anos 80, onde bandas como os Cro-Mags e os Leeway – como aliás, já referi – reinavam. Há no entanto, uma mistura que faz os Show of Force soar a algo novo. Os holandeses conseguem misturar muito bem um som mais old school como um som mais recente, que torna o seu hardcore bastante agressivo e muito “in your face”. É de esperar então, não só os ritmos acelerados mais à la década de 80, mas também os balanceantes breakdowns do hardcore mais recente. Os Show of Force conseguem com esta mistura apresentar uma sonoridade que não se confunde com outras bem mais batidas e cansadas.
Este EP de sete músicas marca então ao longo dos seus 16 minutos uma introdução daquilo que podemos vir a esperar dos Show of Force futuramente. Aos interessados o registo pode ser adquirido em http://www.allhiphopshop.com/ e em http://www.realrecognizesreal.com/





23/09/2009

Ruiner - Hell is Empty


Sempre que uma banda lança um segundo longa duração somos impelidos a estabelecer um paralelismo com o anterior registo. Prepare to be Let Down fora em 2007 o primeiro longa duração da banda de Baltimore e surge agora em 2009 Hell is Empty.

Se só conhecem Ruiner através desse anterior registo quererão esquecê-lo antes de ouvir este Hell Is Empty. Por mudança de produtor poderá estar, ou não, a razão de uma mudança de som da banda que nos remete para os seus inícios. A fantástica produção de Prepare to be Let Down dá lugar a uma produção mais suja, transformando Hell is Empty num álbum não tão imediato como o era Prepare to be Let Down. A voz de Rob Sullivan parece menos poderosa, mais afónica diria – voz essa que é, ou era, para mim, um ponto característico da banda. O próprio trabalho de guitarras não soa tão “catchy” e não há uma linha de baixo tão brilhante como em Lives We Fear, por exemplo. A parte lírica mantém, apesar de tudo, a sua muito característica vertente nihilista, depressiva. Visões de uma banda que pinta um retrato sempre muito negro do mundo que nos rodeia. Tal pode ver-se não só pela temática abordada liricamente, mas também no próprio nome da banda e em ilustrações a ela associada - falemos de merch ou artwork – bem como através de títulos de músicas e álbuns.

Por outro lado se já conheciam Ruiner desde os tempos da demo ou de What Could Possibly Go Right, irão verificar que este poderia – quiçá deveria – ter sido o seu sucessor cronológico. Um registo que em muito vem recuperar o “feeling” dessas gravações. Um álbum que crescerá com o tempo e sucessivas audições.

Hell is Empty marca então o regresso, dois anos depois, de uma banda muito especial no panorama hardcore mundial. Procede a colectânea lançada o ano passado, onde se incluíam temas anteriormente lançados em demos e ep’s antigos [I Heard These Dudes Are Assholes]. Retiro como ponto alto do álbum as músicas Convenient Gods e Solitary.

Myspace da banda: www.myspace.com/ruiner

14/07/2009

Death Before Dishonor - Better Ways To Die - 2009

Death Before Dishonor é dos nomes mais fortes do movimento Hardcore em Boston, uma banda que aproveita o ano de 2009 para solidificar cada vez mais o seu nome no panorama Hardcore mundial com o seu mais recente álbum : " Better Ways To Die ".
Um trabalho constituido por 11 faixas cheias de agressividade, ao velho estilo que a banda nos habituou em "Count Me In" ou " Friends Family Forever ", e da qual resulta num dos mais esperados lançamentos deste ano da Bridge Nine Records. A banda liderada pelo vocalista Bryan Harris apresenta-nos um excelente álbum, primeiro pela qualidade dos músicos e segundo pela produção do trabalho. Gravados por um nome gigante da cena Hardcore, Jim Siegel não fez por menos e mostra-nos que na maior parte das vezes o que é simples é bom e é eficaz, simplificando certamente o trabalho de Eric Baird que nos estúdios Half Son Of Audio fez o trabalho de masterização. Uma mistura coerente entre as guitarras ao qual se juntou uma linha de baixo muito complexa, o que cada vez me surpreende mais em Death Before Dishonor confesso, e que prova a grande qualidade do baixista Rob. Andrew Murphy ( Memphis ) mostra que está em grande forma ao comando da bateria somando ao colectivo uma fórmula de sucesso da qual resultam rápidos e furiosos breakdowns, riffs limpos e muito bem conseguidos, letras com sentido crítico e uma voz bem ao estilo Hardcore de timbre grave que acaba por não fugir muito a um padrão que já reconhecemos em Death Before Dishonor. Certamente dos registos mais importantes para a banda a qual aconselho uma audição atenta, um álbum que vale pelo seu todo e pela forma como parece ter sido concebido. Uma excelente compra !



30/06/2009

Death Threat + No Turning Back + For The Glory + Reality Slap

O Music Box viveu no passado dia 22 de Junho uma grande noite de Hardcore. Pela primeira vez em Portugal os Death Threat trouxeram até a sala lisboeta um número extenso de pessoas que praticamente encheram o recinto, acompanhados por uns cada vez mais imperdíveis No Turning Back e uma das principais forças do Hardcore nacional, For The Glory, todos estes lançados numa grande noite por outra banda nacional, os Reality Slap, cada vez mais um valor seguro do nosso Hardcore.


Os Reality Slap continuam a cativar cada vez mais público e mostraram-nos uma banda cada vez mais segura de si. Um concerto naturalmente curto mas cheio de energia e movimento, com muita gente a cantar as músicas e com a demonstração clara que o hardcore nacional está bem vivo para todos nós. Uma actuação que certamente inspirou um resto de noite bem "quente" para quem esteve no Music Box. A próxima actuação dos Reality Slap é dia 18 de Julho em Cacilhas com Your Demise.

Os For The Glory sobem ao palco e começa mais uma actuação de umas das melhores bandas portuguesas de Hardcore, liderados pelo King Kongas, um dos maiores responsáveis pelo evento, os For The Glory são certamente das bandas que mais movimento e que mais stage dives proporcionam ao seu público. As músicas de "Drown in Blood" e "Survival of The Fittest" são cantadas de trás para a frente por toda a gente, um show fernético que demonstra bem a força da relação entre a banda e o público do Hardcore. For The Glory tocaram músicas como "Drown in Blood", "To Your Place", "Fall In Disgrace" ou "All Alone".

Os holandeses No Turning Back foram a banda seguinte, eles que confessam ter um gosto especial por Portugal e pelo nosso público adorando tocar pelas nossas salas de espetáculos. E nós agradecemos. No Turning Back começam a ter um elevado número de concertos em Portugal, e a verdade é que esses mesmos concertos têm sempre grande qualidade e uma atitude de referência. "Take Your Guilt" iniciou mais uma dessas actuações, tendo tocado ainda músicas como "Never Give Up", "Watch Your Step", "Do You Care", "Same Sad Song" ou "Stronger". Um grande concerto que fez tremer um Music Box cada vez mais cheio de gente, gente que demonstrou o porquê de No Turning Back querer ca voltar, e uma banda que nos mostrou o porquê de nós querermos que eles ca voltem.


E por fim, chegam os Death Threat, primeira actuação em Portugal da banda americana um pouco antes do lançamento do seu mais recente trabalho "Lost At Sea" que conta com 3 novas músicas e uma cover de Outburst. "Death At Birth" e "As One We Stand" foram as primeiras músicas que fizeram um Music Box com uma temperatura por si só muito elevada ficar ainda pior, muitos braços a rodar, muitos stage dives, muito movimento e a certeza que em cima do palco estava uma banda de uma qualidade extrema que se mantém verdadeira ao seu som há muitos anos e eleva o seu nome ao mais alto degrau no mundo Hardcore. "Last Dayz", "Peace and Security" entre outras, fizeram a delicia dos presentes, que diga-se ca entre nós, já mereciamos Death Threat em Portugal. Mais um conjunto de concertos e um conjunto de pessoas que se juntaram numa segunda-feira a noite, de Lisboa, do Algarve, do Porto, de Viseu e até mesmo de Londres e sabe-se lá mais de onde, que demonstraram que o Hardcore em Portugal vive e está para durar.

29/06/2009

Please Die! - On This Cross


Portugal não tem sido, pelo menos nos últimos anos, um país onde as bandas hardcore que vêm aparecendo, focalizem o seu som para uma vertente mais técnica e trabalhada das guitarras, ou seja, resultando no final num hardcore mais melódico – sem que ao melódico venha associado qualquer tipo de mariquice. Contudo, aparecem este ano os Please Die! E se por aqui ficássemos, só isto seria motivo de parabenização.

Os Please Die! Buscam óbvias influências a American Nightmare – ou Give Up The Ghost, se preferirem – mas, pessoalmente a parte entusiasmante do projecto, a Dead Hearts também. A banda lança então pela Salad Days Records – obrigado David – o seu primeiro registo, intitulado On This Cross, que é, portanto, pautado por um som mais a sair do coração – a temática abordada, bem como a própria melodia assim o garante – que do músculo.

Temos então seis canções, nelas incluída uma Intro instrumental, que falam essencialmente de acontecimentos passados, desgostos pessoais. A crítica, negativa, mais global que podemos fazer a este registo prende-se com as vocalizações do mesmo. De um modo geral, é feita de forma algo monotónica e arrastada, contudo, em músicas como Along Came Death e No Goodbyes, tal não sucede. Se a primeira é totalmente entusiasmante, soa positivamente a Dead Hearts, e não se verificam as condições vocais que já referi – há inclusive certos efeitos, interessantes, nas vocalizações –, a segunda é rápida, contudo, mais genérica que qualquer uma das outras músicas que compõem On This Cross. Ainda em Along Came Death quero destacar a óptima linha de baixo, enriquecedora da composição da música, mas acima de tudo, os coros, transformando a música num grande momento musical – mais uma vez vem Dead Hearts ao pensamento.

Estes são, dois exemplos de como a banda, apesar de algo inconstante, consegue a espaços atingir um nível entusiasmante. Felizmente, não é, nunca, entediante.

Em Louder Than Words – música que conta com a participação de David Rosado (Salad Days Records \ Broken Distance) – as guitarras assumem um papel preponderante na sua relação com o ouvinte. Já aqui disse que este é um álbum de guitarras, e que as mesmas são extremamente envolventes, mas aqui são-no ainda mais. A espaços faz lembrar Killing the Dream (p.ex. ao 1 min. e 30 seg.). Destaque ainda para a participação de Poli (Devil in Me \ Rat Attack) na música que dá nome ao álbum, On This Cross.

Em suma, os Please Die! Conseguem entusiasmar pela sua envolvência melódica – proporcionada pelo bom trabalho de guitarras – independentemente dos pontos negativos motivados por determinados momentos a nível de vocalização, onde necessito ainda destacar, apenas, a descompensação temporal entre vocalista e back vocal em Mistakes Made, que causa certa estranheza ao ouvido. É um álbum que vale a pena ouvir, nem que seja pelo óptimo trabalho de guitarras.

Ponto positivo ainda para o artwork, que é bonito e adequado, e só vem dar um aspecto ainda mais profissional a uma banda que acaba de lançar o seu primeiro registo.

Aos interessados, a banda encontra-se disponível para contacto ou audição de algumas músicas em: http://www.myspace.com/pleasedietonight e o álbum pode ser adquirido entrando em contacto com a distribuidora em: http://www.myspace.com/saladdaysrecs.

18/06/2009

Reaching Hand - Threshold

10 de Junho passado não foi apenas mais um Dia de Portugal, foi também o dia que os Reaching Hand editaram ou lançaram o seu novo 7’’, chama-se Threshold via Chorus of One \ Substance Records. Os Reaching Hand, já se sabe, são uma banda youth crew com espírito old school à la Youth of Today ou Chain of Strength.

De Threshold não se espere a revolução do hardcore, não é sequer essa a pretensão, traz contudo, algo de novo ao som da própria banda. Ainda que a maioria das músicas não se destaque especialmente daquilo que a banda já anteriormente tinha produzido, temos dois sons algo diferentes. Um mais melódico – Threshold, com a colaboração de Bráulio Amado, vocalista dos No Good Reason \ Adorno, amigos do farol: It’s a dude – e um mais a soar a bairros pesados de Nova Iorque e, porventura, menos a jovens positivos de Long Island, Settle the Score, igualmente com colaboração no registo vocal. Registo vocal esse que continua a ser um dos pontos fortes da banda, vocalização feminina como se sabe, algo que infelizmente, continua a não ser muito frequente no panorama hardcore nacional.

Em relação às outras músicas nada que não pudesse ter saído logo na demo, que mais uma vez repito, não é um defeito. É o som da banda, é o que gostam de fazer e é – e isto será o mais importante – o que fazem bem, ainda que por vezes nem o próprio conteúdo rítmico difira muito de músicas anteriores. Em termos líricos, é o que estamos habituados. Hardcore positivo, motivador. Palavras que dão sempre jeito ouvir quando atravessamos momentos mais complicados.

Threshold é então um EP de cinco músicas, cerca de dez minutos de youth crew a clamar melodia e de lírica positiva. Com um encaixe harmonioso de vozes diferentes, e inovação do próprio som da banda em dose qb. Definitivamente, aconselhado.

Never Fail - Demo


Bom, imaginem… Os Outbreak nascem em Nova Iorque em meados dos anos 80, mudam-se para Boston relacionam-se promiscuamente com os SSD e têm um descendente. É abandonado à nascença, sendo lançada a cria ao mar dentro de um barquinho de papel. Demora quase 30 anos a chegar à Europa, afinal vir de Boston para Portugal sem motor, ainda é um esticão, mas fá-lo, e é assim que surgem os Never Fail.

Mantém assim, 2009, a sua especial tendência para o lançamento de novas, e diga-se, entusiasmantes bandas do hardcore nacional. As apresentações já estão mais que feitas, membros de conhecidas bandas nacionais, muita experiência nestas andanças.

A música é rápida, é agressiva, tresanda a anos oitenta. Ao início de tudo. As promessas eram, aliás, essas, uma banda que começas a ouvir e dás por ti, já acabaram as músicas. Aliás, eu mesmo posso comprová-lo. Peguei no meu mp3, liguei-o, e no caminho para a paragem do autocarro fui ouvindo a demo, quando cheguei à paragem, já tinha acabado. Muito fast. E não, a paragem não é longe. São 6 minutos e 6 segundos – conta o leitor de música – de hardcore agressivo e chateado. Letras a evocar os podres da cena hardcore nacional. Coros de pessoas ilustres puxam ao sing a long, aliás, esta é uma banda com clara visão de palco. A própria demo deixa desde logo antever que um concerto ao vivo destes senhores, só pode ser uma festa.

Faz-se ainda uma homenagem à cena actual nacional, as duas últimas músicas têm inclusive o nome de duas das bandas com mais nome actualmente em Portugal, Reality Slap e For the Glory. Com uma intro com guitarra a soar bastante a No Good Reason, nada que admire o ouvinte ainda assim, um dos principais destaques deste registo passa pelas quotes introduzidas pela banda. Desde passagens épicas de filmes clássicos como Casino ou Snatch, passado pelo novo hino da mocidade, uma expressão popularizada por um jovem de Matosinhos, sim esse mesmo…

Never Fail é como diz o outro, “BRÁKIU FOCKEEEEEERS”.

13/06/2009

TERROR + BORN FROM PAIN + STYG + TRAPPED UNDER ICE @ CORROIOS

Desloquei-me a Corroios para uma boa noite de hardcore, mas com uma leve suspeita de que a casa não estaria cheia. Quando chegámos, constatei que o feeling que tinha se confirmava: diria que umas 200 pessoas apareceram. É pena, pois as bandas eram boas, o preço não era excessivo e o tempo estava bacano. Mas também temos de ver que os Santos Populares em Lisboa foram no mesmo dia…

Adiante. Às 21.00 começaram os Trapped Under Ice a tocar e decidi entrar pois esta era uma das bandas que mais queria ver. Tocaram as melhores músicas deles, da demo e do 1º álbum e algumas novas. As novas músicas não me entraram tão bem como as antigas, mas isso já seria de esperar! De resto, há que dizer que a casa vazia não foi bom para a banda, mas eles deram tudo e ainda tocaram a “Evelyn” a pedido do pessoal. A rever em palcos mais pequenos.

Sobre Stick To Your Guns não posso falar porque não prestei a mínima atenção. Pareceu-me um pouco genérico e chato, mas também pareciam estar com pica para tocar, o que é bom.

De seguida vieram os Born From Pain. O vocalista não pôde fazer a tour com eles, mas tal como os próprios disseram, os BFP não gostam de cancelar concertos e por isso o David de Down To Nothing e Terror assumiu as vocalizações. Começaram com a “Final Nail”, o que me agradou bastante. Ainda tocaram mais algumas músicas antigas, com destaque para a Death In The City, mas depois tocaram bastantes músicas do novo álbum que eu pessoalmente não gosto muito, com excepção da “State Of Mind”. Finalizaram o concerto com 2 músicas do álbum “War” (deste eu já gosto bastante), mas devo dizer que as músicas não funcionam bem ao vivo. Portanto, uma actuação que começou bem mas terminou enfadonha.

Para terminar, subiram ao palco os Terror. O pouco pessoal presente começou a ficar maluco e o Cine-Teatro começou a ficar mais pequeno! Correram todos os álbuns, mas devo dizer que com excepção da “Betrayer” eu curti bastante tudo o que tocaram. “Life And Death”, “Keep Your Mouth Shut” (esta com algum pessoal a cantar e a curtir no palco), “Overcome” e a “Always The Hard Way” foram os pontos altos do concerto. A atitude do Scott e do resto da banda fazem com que os concertos sejam muito bons, mesmo que a qualidade musical da banda venha a decrescer, na minha humilde opinião. Mesmo assim, veria outra vez Terror, mesmo que só tocassem músicas novas. E ainda, como alguém disse, os discursos entre músicas do Scott são clichés, mas é sempre bom ouvir boas opiniões.

Em suma, foi uma boa noite. Podia ter aparecido mais pessoal, podia ter sido utilizada uma sala melhorzinha, mas tirando tudo isso foi tudo bacano. Venham mais bandas destas, com vontade de tocar, mesmo que para um público bem menor do que o que estão habituados.

25/05/2009

Low Blow + Vultures + Overcome + Life as War @ Casa de Lafões


Apesar de ter começado 1h30m depois do previsto (até me deu jeito porque cheguei 1h depois das 16!), quando lá cheguei já estava tudo prontíssimo para uma daquelas tardes!

Hora e meia de espera foi o tempo necessário para o pessoal ir "aquecendo o motor" com cerveja para o início dos concertos:

Low Blow : 1ª vez que vi a rapaziada do Barreiro ao vivo e quero dizer que não me desapontaram. Há quem diga que o som deles é mais do mesmo (hoje em dia é difícil não se fazer algo igual a algo...!) mas quando se faz bem, não há nada a apontar.
As vozes estavam demasiado altas, daí um pouco de "rugido" em torno das mesmas, mas nada que nao se suportasse! Instrumentalmente estiveram bem fixe, com partes pausadas de trazer o demónio à terra!
Gostei da cover de Shattered Realm e da nova malha na qual o Ivo (Facedown) toca baixo e o Corvo (baixista) vai para a voz e num dueto com o Tech falam sobre o Barreiro!

Vultures: Banda nova mas com a escola toda! A voz do Rui é inconfundível a completar um instrumental que demonstra que não andam aqui há 2 dias. Em relação ao ambiente, estava tudo um pouco parado a apreciar o concerto...

Overcome: Francamente é das minhas bandas favoritas de ver ao vivo, por isso sou um pouco suspeito para fazer esta review sem ser parcial, mas cá vai: Gosto da atitude e do quanto o som puxa pelo pessoal. Mosh mesmo do "se bem", toda a gente lá à frente... Com algumas malhas novas e com a "It Takes More" a tocar só em instrumental mesmo para um adeus como num antigo concerto em que deram ali nos Lafões em que o microfone foi para o Inferno e as músicas foram em sing along, mesmo depois de terem avisado por 2 vezes que era a última ... Big up! A banda da tarde/noite.

Life as War: Sinceramente surpreenderam-me. Só subi até à sala aí na 3ª música e o ambiente estava muito bom com o vocalista com 1 t-shirt de Portugal e com o seu português meio tremido o que deu para, quase quase, parecerem 1 banda tuga! A cover de Sick Of It All foi o momento mais alto do set, com o povo a chegar-se todo à frente e a ficarem lá até ao fim do concerto a fazer a festa!



Um big up à Freebase Records!

05/05/2009

Damage Control Fest (Londres)

Fizemos o check-out do Hostel às 10h. Tomámos um pequeno almoço à inglesa, mesmo para ficarmos cheios de forças para o dia em cheio que aí vinha. Fomos até Lillywhites gastar umas libras e receamos ainda por um dia de chuva, visto que choveu cerca de 2minutos , mas rapidamente parou para nunca mais voltar. Fomos até à paragem apanhar o "159" até Brixton.

13h30m:
Demos com a sala, que se chamava "Jamm". Já lá estava um quanto pessoal à porta, ao lado dos árabes que andavam a lavar os carros (note-se que aquilo, pelo que entendi, era bar/limpeza de carros).

Fomos até um "restaurante" turco, comer grande Kebab, mesmo do delicioso e barato. Ainda demorou até os concertos começarem, por isso ficamos à porta a beber cervejas e na conversa.

Cerca das 15h10m entrámos lá para dentro, fomos espreitar e comprar algum merch , até que começou a 1ª banda:

Bun Dem Out - Sinceramente e pessoalmente, esta era uma das bandas que eu mais queria ver do cartaz. Tocaram cerca de 5 musicas, ainda com pouca gente na sala.
Na generalidade e tendo em conta que eram a 1ª banda e tocaram 5 musicas, gostei.

Kartel - não me lembro se gostei ou não. Factores extra a fazerem efeito.

- Adormeci na rua -

Surge of Fury - Começo do pânico . Surpreenderam-me muito, gostei imenso de ver ao vivo. Era uma banda que eu não conhecia sem ser o que está no myspace e acabei por dar um passo de dança naquelas partes bem apelativas para nos mexermos.

TRC - Pela simpatia, pela dedicação das musicas aos tugas, a melhor banda da noite. Começaram com uma intro toda xpto seguida da 'Define Cocky' o que se gerou logo ali o pânico. Constantemente a puxarem pelos tugas e a agradecerem a nossa presença ali deu para se gerar o Inferno na Terra.

Providence - Não me vou alongar muito, digo apenas: banda mais pesada da noite = MEDO! Beatdown violento, presença enorme em palco (principalmente do guitarrista), o baixista a voar direito a nós com o baixo na mão (temi pela minha vida nesse momento)... GOT TO LOVE IT! Como diz o meu caro Ivo "cram cram... cram cram cram"

Stout - Já tínhamos visto no Sábado no 12 bar. Sinceramente não prestei muita atenção, lembro-me de ter estado o concerto todo a -los mas passei mais tempo na conversa com o Crazy D do que a tomar atenção ao som.

Ninebar - Tinham o público todo do lado deles. Sing alongs, com a presença constante do Preston todo bêbedo a roubar o micro. Bela festa! Gostei realmente ! Provavelmente, pelo ambiente foram os melhores.

Special Move - Vinho do Porto style. Já com uma média de idades nos 30 e qualquer coisa anos, e apesar de terem bebido uns copos a mais, deram um bom concerto! Sinceramente, não conhecia nada deles e gostei.

No Turning Back - Agora percebo porque é que NTB adora a tuga... Ninguém se mexeu em NTB. Ninguém cantou. Ninguém nada. Ainda houve algumas tentativas, ainda que falhadas, por parte dos tugas de um circle pit , mas nada. (Note-se que não houve 1 único circle pit em todo o fest).
Ainda assim, continuam a ser das melhores bandas para se ver ao vivo.

Knuckledust - LBU style . Tocaram 7 músicas, começando com uma pequena intro seguida da 25 Years Dead o que fez com que o pit ficasse do tamanho da sala. Completamente a jogarem em casa e com toda agente ali para os ver, seguiu-se a Dust to Dust (onde o Baz só parecia que foi dominado pelo demónio), Falling, Hollow, Fear is the Enemy, Sick Life.
Got to love it!

Obrigado a todos, vocês sabem quem são . Que grande fim de semana!